O metaverso deve movimentar US$ 1 trilhão por ano e é considerado o próximo nível de interação entre os mundos real e virtual

“Metaverso” virou uma palavra da moda no mundo da tecnologia, com uma verdadeira corrida das big techs para desenvolver plataformas que pudessem oferecer o recurso aos usuários. Esse setor deve movimentar até US$ 1 trilhão por ano, segundo estimativas da Grayscale, e deve impulsionar o mercado de programação.

As tecnologias do metaverso prometem novas oportunidades e modelos de negócios inovadores. A expectativa é que a inovação transforme o mundo físico e estenda as atividades físicas para um mundo virtual. No entanto, os primeiros investimentos vêm com riscos financeiros e de reputação, pois as implicações totais ainda não são conhecidas.

O fundador e diretor-executivo (CEO) da Meta (antigo Facebook), Mark Zuckerberg, avalia que o metaverso apenas será sustentável financeiramente no fim da década. Por isso, para começar a mapear uma estratégia na área, empresas estão explorando oportunidades de otimização para a construção de produtos e serviços nesse novo universo tecnológico.

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    O que é metaverso?

    dois rapazes em um escritório que emana criatividade. O rapaz da direita está com um óculos de realidade virtual.
    (Fonte: GettyImages/Reprodução)

    O metaverso se refere a um espaço compartilhado virtual coletivo criado pela convergência das realidades física e digital, conhecida também como “figital”. A partir de dispositivos, a inovação promete criar uma economia virtual independente que pode ser movimentada por moedas digitais e tokens não fungíveis (NFTs).

    O conceito não é novo: o termo “metaverso” foi cunhado em 1992 pelo autor Neal Stephenson na ficção científica Snow Crash. Contudo, hoje as empresas usam o termo para se referir a muitos tipos de ambientes online aprimorados, o que deve criar um grande número de metaversos com interoperabilidade.

    Considerado uma evolução da internet, o metaverso combina várias tecnologias emergentes, como realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA), estilos de trabalho flexíveis, dispositivos vestíveis, Internet das Coisas (IoT), 5G, inteligência artificial (IA) e computação espacial, para criar uma experiência imersiva e interativa.

    Como funciona o metaverso na prática?

    O metaverso pretende funcionar como um ecossistema digital de colaboração em tempo real e financeiro descentralizado baseado em blockchain. Como ainda não está construído, há pouco consenso sobre o funcionamento. Os possíveis cenários incluem ser limitada a aplicações de nichos, controlada por grandes empresas competitivas ou um espaço dinâmico e interoperável, semelhante à internet em 3D.

    Mesmo com tantas incertezas, o metaverso apresenta uma nova dimensão digital em que as pessoas podem interagir e criar experiências de maneira virtual, segundo um estudo da consultoria McKinsey. A tecnologia pode transformar a maneira como as empresas criam, distribuem e monetizam bens e serviços, bem como o modo como as pessoas se relacionam entre si e com as marcas.

    As características da inovação incluem imersão em realidade virtual, uso de avatares para interação social entre usuários, conteúdo dinâmico e personalizado. Além disso, o metaverso apresenta novas oportunidades para o comércio, com a venda de bens virtuais, pagamentos por serviços e até compra de terrenos no mundo digital.

    Qual é o impacto do metaverso na sociedade?

    na imagem quatro pessoas em volta da mesa, e três estão com óculos de realidade virtual.
    (Fonte: GettyImages/Reprodução)

    O metaverso poderá ter um impacto significativo em diversos aspectos da sociedade. A tecnologia pode permitir interações sociais a distância mais ricas e imersivas e fornecer entretenimento envolvente, como jogos e experiências virtuais. No entanto, a tecnologia ainda enfrenta desafios éticos e regulatórios, como questões de privacidade, segurança e direitos autorais.

    Esse tipo de plataforma pode melhorar conexão e a eficiência do trabalho, permitindo a realização de reuniões virtuais e a colaboração em tempo real em projetos. Outro setor fortemente impactado pela inovação será o comércio eletrônico, com a criação de produtos e serviços que podem ser oferecidos tanto no mundo digital quanto no físico.

    A educação também deverá ser beneficiada com novos ambientes virtuais para aprendizagem e treinamento e ainda ampliar a prestação de cuidados de saúde, com consultas médicas a distância e monitoramento remoto de pacientes.

    Que empresas estão investindo na tecnologia?

    O metaverso tem atraído o investimento de vários setores da economia, como entretenimento, jogos, comércio eletrônico e até alimentação. Por isso, existem várias empresas trabalhando na criação da própria visão do metaverso. As três iniciativas mais conhecidas incluem:

    • Meta, que tem como objetivo trazer o metaverso à vida desenvolvendo tecnologias fundamentais, como plataformas sociais e ferramentas criativas, tendo lançado o Horizon Worlds, um espaço de VR em que os usuários podem navegar como um avatar;
    • Epic Games, que planeja fornecer um espaço comunitário para que usuários interajam entre si e com marcas sem uma timeline cheia de anúncios;
    • Microsoft, que está levando o metaverso para a própria plataforma de reuniões online, o Microsoft Teams, incluindo ferramentas alimentadas por IA para avatares, renderização espacial e “holoportação”. A companhia está trabalhando com a Accenture para criar espaços imersivos usando o Microsoft Mesh.

    Como acessar o metaverso?

    As plataformas que ganham o nome de metaverso vão desde jogos online, como Fortnite, passando por ambientes de trabalho virtuais nascentes, como Microsoft Mesh e Horizon Workrooms, até salas virtuais de operação. Para entrar nelas, é necessário usar um computador com processador a partir de i7, placa de vídeo para games e de conexão acima de 100 MB.

    Alguns serviços permitem acessar esses mundos com o smartphone, contudo é recomendável usar headsets de realidade virtual para ter uma melhor experiência. Entre as opções para explorar o mundo figital estão Somnium Space, Decentraland, Cryptovoxels, Worldwide Webb e The Sandbox.

    Para aproveitar ao máximo a experiência, uma carteira de criptomoedas, como o MetaMask, é importante. Apesar de a maioria dos metaversos ser gratuita, os ambientes costumam oferecer produtos e serviços que tornam a navegação por esses mundos mais interessante. O valor dos bens virtuais é baseado na oferta e na demanda, assim como no mundo real.

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